Tuesday, April 27, 2010

Crepúsculo

Meu primeiro post não será algo muito polêmico, é só um comentário.
Um tempo atrás eu li uma crítica que Stephen King fez em relação ao trabalho de Stephenie Meyer. O autor americano de dezenas de best-sellers compara a escritora da ridícula saga de Crepúsculo com a inglesa J.K. Rowling (da série Harry Potter), dizendo que a principal diferença entre elas é que a última sabe escrever e a primeira não passa de "uma escritora medíocre". Confesso que adorei isso, já que gosto de Harry Potter, mas tenho nojo de Crepúsculo.
Não à toa, tive a "oportunidade" de passar os olhos por alguns trechos do livro vampiresco e, realmente, o que tem de estilo e técnica em J.K. Rowling, falta em S. Meyer. A criadora da irritante Bella e do enrustido Edward apenas teve sorte em ficar milionária escrevendo algo tão ruim. Aliás, nem foi tanta sorte. Afinal, as pessoas gostam mesmo de ler coisas ruins, enredos fúteis e fáceis.
E nem estou entrando na questão da Literatura propriamente dita. Refiro-me à própria "paraliteratura", ou literatura de massa. Há best-sellers que são excelentes, em todos os sentidos, desde o enredo, passando pela estética, pela estilística e pelo conteúdo. Quer exemplos? Cito O poderoso chefão, de M. Puzo; E o vento levou, de M. Mitchell; O homem de São Petersburgo, de Ken Follet; Coma, de Robin Cook; O corretor, de John Grisham; À espera de um milagre, do próprio S. King; e, por que não, Entrevista com o vampiro, de Anne Rice, já que a discussão é em torno de vampiros?
A verdade é que essas modinhas aborrescentes, como Crepúsculo, são tão irritantes que me faz pensar: por que os jovens são tão fúteis? Não estou dizendo que eles precisam ler Tolstoi ou Homero - o que seria impossível para a medíocre capacidade intelectual deles -, apenas para que escolham um pouco melhor.
:)